Psoríase controle começa na emoção

Segundo os dados da Federação Internacional de Associações da Psoríase (IFPA - sigla em inglês) atualmente no mundo, cerca 125 milhões e no Brasil, 5 milhões de pessoas possuem a doença. A psoríase é uma doença de pele autoimune, caracterizada por lesões, vermelhidão, irritação, sangramento, coceira e incômodo que, nos casos mais severos, pode provocar deformidades nas articulações. É uma doença não contagiosa, e a sua maior incidência ocorre entre 15 e 30 anos de idade, e não é comum antes dos 10 anos. Os locais mais comuns de envolvimento são o couro cabeludo, cotovelos, joelhos, mãos, pés, tronco e unhas.

A dermatologista do IPSEMG, Ivonete Fátima Braga Scalzo, esclarece que a psoríase é de causa desconhecida, porém a predisposição à doença é geneticamente determinada. Ela diz que outros fatores contribuem para o desencadeamento da doença, como o estresse, trauma cutâneos, infecções e uso de alguns medicamentos. O exame clínico, curetagem metódica de Brocq (raspagem da pele) e a biópsia, são os métodos utilizados para diagnosticar a doença. “Não há tratamento de cura definitiva, porém existem vários recursos terapêuticos possibilitando o controle da doença”, disse a dermatologista.

A geógrafa, Lívia Raquel França Costa, descobriu que é portadora de psoríase há 11 anos. Aos 16 anos de idade, no fim do 3º ano da escola, foi diagnosticada após uma biópsia. Ela relata que foi um susto ao saber sobre o impacto que a doença pode causar no corpo, “pesquisei bastante, procurei me esclarecer melhor e em pouco tempo aprendi a conviver com ela. O importante é não se deixar abater e nem ser dominado por ela”, disse. Ela ainda ressalta que o apoio de familiares e amigos é de suma importância. Para controlar a psoríase, Lívia faz acompanhamento com dermatologista quatro vezes ao ano e com reumatologista mensalmente.

Além disso, alterna medicamentos específicos com outros cuidados recomendados pelos especialistas como hidratação da pele constante, uso de xampu com fórmula prescrita, banho de sol, sem esquecer o filtro solar. A geógrafa que é mãe, disse que durante a gestação e o pós-parto, percebeu uma melhora significativa, “foi ótimo, pois o uso de grande parte dos medicamentos é contraindicado durante a gestação e lactação. Por cerca de dois anos (período em que amamentei), abusei da hidratação e não usei nenhum tipo de medicamento”, finaliza.

 

A psoríase não prejudica apenas o aspecto da pele. Apesar de não ser contagiosa, para alguns pacientes, a psoríase pode afetar as interações sociais, pois o doente sofre com o afastamento de pessoas desinformadas. Isto também concorre para abalar de maneira significativa a autoestima. Além do tratamento dermatológico, a influência dos fatores emocionais também deve ser observada e combatida.

A psicóloga do IPSEMG, Fátima Veloso, recomenda tratamentos para amenizar as escamações da pele, “para atenuar a ansiedade, responsável pelas reincidentes crises, recomenda-se como tratamento a participação do doente e de familiares em grupos de ação educativa a respeito da doença, em psicoterapias de grupo ou individual ou outras técnicas que possam oferecer uma qualidade de vida melhor para o paciente”, conclui.

No IPSEMG, as consultas com especialistas podem ser agendadas pelo LigMinas, 155, para os médicos da rede própria ou diretamente nos consultórios e clinicas credenciados.

Publicado em 29/10/2013 14:16

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