Simpósio de Humanização se encerra nesta quinta feira

Com o debate em torno do tema “Cuidados paliativos: a arte de cuidar do final da vida”, o Simpósio de Humanização de 2014 se encerrou nesta quinta feira (30). Os profissionais e acadêmicos presentes no Hospital Governador Israel Pinheiro (HGIP) puderam debater e refletir sobre o assunto através de uma série de palestras e discussões promovidas pela equipe de Humanização em parceria com a Educação Permanente.

A eutanásia, ortotanásia e a distanásia foram discutidas na mesa redonda com o enfermeiro Júlio César Baptista, o advogado José de Assis Santiago Neto e o filósofo César Carneiro. Eles abordaram o assunto sob perspectivas sociais diferentes. Em sua fala, Júlio César questiona se deve-se prolongar a vida em dias, meses ou anos sem qualidade. O advogado discorreu sobre as leis que garantem a tomada de decisões em relação ao fim da vida e o filósofo abordou uma dimensão diferente de enxergar a morte, como um instante de vida.

O geriatra Ulisses Cunha proferiu palestra de tema “Cuidados Paliativos ao fim da vida” e tratou de temas delicados, como a tomada de decisão de que o paciente não tem mais cura, como comunicar à família e trabalhar o assunto com a equipe. “Ao discutir sobre cuidados paliativos, a gente começa a construir estratégias novas de abordagem tanto para o paciente quanto para os profissionais de saúde e a família. Para o trabalhador também não é fácil lidar com a morte o tempo inteiro. Então, a gente precisa de ver quais formas são essas para tornar mais leve o nosso trabalho”, disse Jaqueline Barata, coordenadora da equipe de Humanização.

A equipe do 10º andar do HGIP, onde funciona a unidade de cuidados paliativos e prolongados, inaugurada neste ano, compartilhou a experiência da equipe com os pacientes e sua família. No final houve uma dinâmica em que os acadêmicos entregaram vidros com uma semente de girassol, símbolo dos cuidados paliativos, ao som da música “Enquanto houver sol”, do Titãs, para os participantes do evento.