Coleta de sangue divertida

Para uma criança, vivenciar primeira coleta de sangue pode ser um momento desafiador e traumatizante. No entanto, com o Zé Linguinha – personagem estampado no micropore colocado no local puncionado – essa atividade pode ser leve e até divertida para as crianças que vão ao Laboratório do Hospital Governador Israel Pinheiro (HGIP), em Belo Horizonte.

Criado pela auxiliar de enfermagem Judite Neta dos Prazeres, o Zé Linguinha tem a incumbência de amenizar o incômodo na criançada e por isso é também um aliado no trabalho da profissional de enfermagem Maria Cristina Moreira. Além do carinho, uma conversa amiga e muito cuidado com a preparação e a coleta de sangue em si, Judite Neta, 51 anos, salienta que é importante deixar o ambiente descontraído entre uma brincadeira e outra “se a primeira coleta de sangue é calma, certamente as crianças perdem o medo do procedimento, diz”. Segundo ela, há criança que conforme a patologia é submetida a coletas semanais.

Com 12 anos de trabalho dedicados à atividade no HGIP, a enfermeira conta que começou a história de mascotes com o “Zoião, Zoiudo e Clotilde”, a família de luvas de procedimento cheias de água. E com o passar do tempo, devido a dinâmica do setor foram substituídos pelos desenhos nos curativos do “Zé Linguinha” e “Zé Dentinho”. “Não sei o que a meninada pensa, mas ela gosta, se distrai e sempre que retorna ao laboratório ou ao hospital, lembra-se. Já atendi um menino bem novinho aqui, que quando adolescente retornou para uma internação e precisou de fazer o exame de sangue, ao me reconhecer pediu o Zoião de presente,” contou Judite.

Quem também tem histórias divertidas como essa ao longo de 32 anos de trabalho no HGIP, é Maria Cristina, 58 anos. A enfermeira revela que muitas crianças acabam associando a brincadeira a uma preferência pelo atendimento delas, principalmente, os menores que estão em tratamento de quimioterapia, no qual, a coleta de sangue é frequente. “Mesmo sensíveis e com a saúde delicada, a garotada é natural, espontânea e tem sempre uma reação boa, o que nos surpreende,” declara Cristina.

Ambas servidoras confessam que a afinidade com o público infantil vem de muito tempo, nas experiências como estudantes e também nas outras áreas profissionais e setores por onde passaram. O trabalho dessas colaboradoras faz do momento algo menos doloroso para pais e acompanhantes, além de lúdico para os pequenos e jovens pacientes, contribuído para a construção de um ambiente mais leve e humanizado.

 

 

 

Publicado em 05/02/2016 17:25

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