Médicos relatam experiência em livro

A experiência de dois médicos geriatras do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG), Ulisses Gabriel de Vasconcelos Cunha e Débora Pereira Thomaz, que atuam na Clínica de Geriatria do Hospital Governador Israel Pinheiro (HGIP) acaba de resultar na publicação do livro Geriatria: casos clínicos, pela Coopmed (Cooperativa dos Médicos).

Com a instalação da Unidade de Geriatria no HGIP em 1988, e credenciada pelo MEC em 1993, a clínica serviu de referencial para que os casos atendidos pudessem ser acompanhados e estudados.

Esse celeiro de informações foi a base de dados dos geriatras Ulisses Gabriel Cunha  e Débora Thomaz  para desenvolver e compartilhar com outros profissionais e interessados pelo cuidado ao idoso, os 101 casos de pacientes que foram atendidos no IPSEMG e em consultórios particulares.

Os dois ressaltam que a medicina geriátrica ganhou destaque em função do crescimento da longevidade da população. Segundo os autores, a chamada geriatrização da Medicina é um fenômeno universal e cada vez se tornará mais evidente por fazer uma boa avaliação do idoso. “O objetivo é mapear ativamente os sinais e os sintomas de alerta que muitas vezes são interpretados pelos pacientes e seus familiares como próprios da idade, como se o envelhecer estivesse fatalmente associado à insuficiência funcional e enfermidades”.

Para entender a importância da análise dos casos, a dupla reforça que a Geriatria tem como principal ferramenta a abordagem individualizada e sistematizada que teve início no final da década de 40 na Europa com o propósito de fazer o diagnóstico físico, cognitivo, do afeto, nutricional, social, familiar e comunitário do paciente. 

Após essa avaliação, comumente interdisciplinar, traça-se um plano terapêutico que busca a qualidade de vida a partir da manutenção da funcionalidade e da redução da morbidade. As enfermidades particularmente no muito idoso, ainda segundo eles, manifestam-se de forma atípica e inespecífica, o que retarda e dificulta o diagnóstico.

De acordo com dados fornecidos pelos autores, atualmente, nos hospitais gerais, mais de 60% dos pacientes admitidos já são idosos, a maior parte deles muito idosos, e a estimativa é de que cada vez mais os leitos hospitalares serão ocupados por pacientes nessa faixa etária.

Para os dois geriatras, a comunidade médica não terá outro caminho a não ser se familiarizar com as peculiaridades inerentes à medicina geriátrica, o que compreende o planejamento de novas alternativas para a promoção e assistência à saúde. 
 

Publicado em 26/10/2016 10:29

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