Violência sexual é tema em ciclo de debates do HGIP

“Abordagem à pessoa em situação de violência sexual: aspectos gerais na área da saúde” foi o tema de mais uma edição do Ciclo de Debates promovido pelo Núcleo de Psicologia do Hospital Governador Israel Pinheiro (HGIP), nessa terça-feira (21), para acadêmicos e colaboradores do Instituto de Previdência dos servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG).

Especialistas de referência do Núcleo de Atenção Integral da Saúde (NAIS) do Hospital Júlia Kubitschek detalharam informações sobre assunto e deram orientações de como o atendimento é importante para a saúde e o bem-estar das pessoas que passam por essa situação.

Segundo o ginecologista e obstetra do NAIS, Eduardo Fernandes, para a Organização Mundial de Saúde (OMS) a violência sexual é todo ato sexual não desejado, ou ações de comercialização e/ou utilização da sexualidade de uma pessoa mediante qualquer tipo de coerção. O médico ainda trouxe para sua exposição, além desse conceito, outros documentos legislativos e normativos que norteiam o assunto com o foco no atendimento de emergência e urgência, avaliação médica e as profilaxias para tais casos.

“É importante ressaltarmos que a notificação é compulsória na assistência à saúde pública ou privada em casos de suspeita de violência sexual, no entanto, o registro de Boletim de Ocorrência (BO) é facultativo para a vítima,” reforçou Eduardo Fernandes.

A ginecologista e obstetra do NAIS, Kênia Zimmerer, apresentou dados sobre o panorama e impactos na vida pessoal que alertam a sociedade para que a questão seja tratada como problema de saúde pública. “No mundo 12 milhões de pessoas sofrem algum tipo de violência sexual por dia e 89% são mulheres. A violência faz mais vítimas que muitas doenças que conhecemos e lidamos no meio médico,” esclareceu. Outra orientação repassada pela especialista foi referente ao abortamento legal.

Também participaram do evento a assistente social do NAIS, Aline Caldeira, que abordou as políticas: direitos e deveres, rede de proteção, notificação e fluxogramas de atendimento para a pessoa em situação de violência sexual. E a psicóloga hospitalar do NAIS, Meire Rose Cassini, trouxe como destaque o protocolo humanizado, acolhimento, atendimento, avaliação, acompanhamento e ambulatório multidisciplinar.

O papel do profissional de saúde

A mensagem principal diz respeito a postura do profissional de saúde perante a vítima de violência, os especialistas reforçam que é importante um atendimento acolhedor, tranquilo e ausente de julgamentos para que o paciente expresse suas vontades e permita receber a assistência necessária.

Para a gerente Assistencial Hospitalar do HGIP, Ana Paula Renault da Silva, que participou do evento, falar sobre violência sexual é “algo árduo e delicado ao mesmo tempo, mas conveniente para o ambiente em que estamos, pois lida diretamente com a saúde física e mental”.

A coordenadora do Núcleo de Psicologia do IPSEMG, Flávia Fleury, acrescenta que o tema pode estar presente no atendimento de qualquer unidade hospitalar e colocá-lo no Ciclo de Debates desta edição teve como objetivo sensibilizar os participantes e ao mesmo tempo capacitá-los para situação livre de preconceitos e negligência.

25 de novembro

O Dia Internacional para a Não-Violência Contra as Mulheres é lembrado anualmente em 25 de novembro, também nomeado o dia laranja. A data tem o objetivo de alertar a sociedade sobre os casos de violência e maus tratos contra as mulheres.
 

Publicado em 21/11/2017 18:46

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