Conseguimos aprender palavras estrangeiras durante o sono, diz estudo

Fazendo um cálculo hipotético, se uma pessoa dormir 8 horas diariamente, ao final de um ano, serão mais de 2.900 “horas improdutivas”. Isso significa que, a cada 365 dias, pelo menos 120 deles são gastos dormindo. Mas não é preciso se sentir culpado por isso: um estudo recém-publicado pela Universidade de Berna (Suíça) mostrou que nossas horas de sono podem ser utilizadas até para aprender coisas novas, como um novo idioma, por exemplo.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores tentaram entender como o sono ajuda a “fixar na memória” o que aprendemos. Eles registraram a atividade cerebral de 41 voluntários, enquanto cochilavam, e, em seguida, aplicaram testes de memória. Resultado? Os cientistas provaram que o cérebro consegue assimilar informações novas mesmo em estado inconsciente.

Isso só é possível porque, durante o sono profundo, as células cerebrais ficam “alternando” seu comportamento a cada meio segundo: ora estão ativas, ora inativas. Durante o experimento, os pesquisadores testaram a capacidade de assimilação justamente nessas fases de maior atividade (chamadas de “up-state”, em inglês).

Todos os voluntários foram submetidos a vários estímulos enquanto dormiam. Durante um cochilo, ouviam pares de palavras, sendo que uma delas era sempre inventada: se um participante ouvia “guga - pássaro”, por exemplo, o outro ouvia “guga - elefante”.  Depois de acordar, eles eram questionados se “guga” parecia ser algo grande ou pequeno. Em 60% dos casos, os voluntários acertavam as respostas.

Apesar dos resultados, os pesquisadores alertam para falsas interpretações do estudo. A capacidade de assimilar novas informações durante o sono não significa que, ao colocar no fone de ouvido palavras estrangeiras, seremos capazes de aprender um novo idioma. Ainda assim, segundo eles, existem chances de que essa habilidade possa ser usada em tratamentos de reabilitação de algumas doenças. “Até que ponto e com que consequências o sono profundo pode ser utilizado para a aquisição de novas informações será um tema de pesquisa nos próximos anos”, afirma Katharina Henke, uma das autoras.

Fonte: https://revistagalileu.globo.com

 

Publicado em 07/02/2019 18:18

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