Incontinência urinária compromete a qualidade de vida

 

 Aplicação de toxina botulínica, uso de laser e cirurgia como neuromodulação, espécie de marcapasso colocado no nervo sacral, estão entre os recursos disponíveis para controlar perda involuntária de urina

A incontinência urinária atinge 10 milhões de brasileiros de todas as idades, sendo duas vezes mais comum no sexo feminino, conforme a Sociedade Brasileira de Urologia. Numa situação normal, é comum urinar, em média, oito vezes por dia e chegar ao banheiro a tempo quando tem vontade. O problema é caracterizado, exatamente, quando se perde urina involuntariamente, transtorno que impacta diretamente na qualidade de vida, comprometendo o bem-estar físico, emocional, psicológico e social.

Os especialistas dividem a incontinência de acordo com os sintomas ou pelas circunstâncias que ocorrem no momento da perda. O primeiro caso, chamado de incontinência de esforço, acontece devido à fragilidade dos músculos pélvicos que dão suporte à bexiga ou à lesão do esfíncter uretal – músculo que fecha a uretra impedindo a saída da urina. “Em caso de esforço, como tossir ou respirar, pode provocar vazamento”, explica a diretora da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig) Thelma de Figueiredo e Silva. O segundo tipo mais frequente é a incontinência urinária de urgência, quando se perde urina sem nenhum sinal anterior. “Mais grave que a incontinência de esforço, o caso é denominado bexiga hiperativa faz com que a mulher sinta vontade urgente de ir ao banheiro e não consiga chegar a tempo de evitar a perda de urina, que pode acontecer em grande volume”, observa. O terceiro caso associa os dois tipos de incontinência.

As gestantes estão entre os grupos mais propensos para desenvolver incontinência urinária. A ginecologista lembra que o problema é mais comum nas mulheres devido às características do assoalho pélvico. Na pelve feminina, os aparelhos esfincterianos – estruturas musculares que produzem a contração da uretra para evitar a perda urinária – são mais frágeis. “No caso das grávidas, o transtorno é comum devido ao crescimento do bebê que altera a posição de outros órgãos, pressionando a bexiga”. A médica conta que, na maioria dos casos, o quadro regride espontaneamente após o parto. A população idosa também está entre as mais afetadas pela incontinência urinária, devido ao processo natural de envelhecimento, caracterizado pelo desgaste físico e funcional do corpo e da mente e à diminuição das respostas fisiológicas.

A melhor forma de prevenir o problema é fortalecendo a musculatura do assoalho pélvico, com exercícios simples e que podem ser feitos em casa mesmo. Uma revisão de vários estudos na rede global Cochrane evidenciou que os exercícios de contração dessa musculatura ajudam a melhorar ou curar todos os tipos de incontinência urinária. “O pompoarismo, técnica difundida nos últimos anos, é uma dessas opções. Nada mais é que contrair e relaxar os músculos da vagina e do períneo”. Uma outra alternativa que ganha a atenção das brasileiras é o laser vaginal, capaz de tonificar a região pélvica, com melhores resultados a longo prazo. Outras duas opções são a aplicação de toxina botulínica e a neuromodulação, espécie de marcapasso colocado no nervo sacral que ajuda a controlar a perda de urina voluntária. Quando a perda acontece por causa da bexiga, o tratamento será medicamentoso ou cirúrgico.



Fonte: www.sogimig.org.br

 

 

 

Publicado em 01/08/2019 15:12

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