A voz humana consiste no som produzido pelas cordas vocais para falar, cantar, gargalhar, chorar, gritar, ou seja, para se comunicar. Na década de 1930, devido à preocupação da Medicina e da Educação com o grande número de indivíduos que apresentavam problemas na fala, dicção e audição foi idealizada a profissão de Fonoaudiólogo.
No dia 9 de dezembro é celebrado o Dia do Fonoaudiólogo. O profissional de saúde que cuida da voz, de pessoas que apresentam problemas na fala, até mestres de cerimônia, locutores, dubladores, atores e cantores, que dependem da voz para exercer a sua profissão.
No Sistema Único de Saúde (SUS), esse profissional atua em várias áreas, como na Atenção Primária à Saúde, nos serviços de Atenção à Educação, na Atenção Domiciliar, no Ambulatório de Reabilitação, assim como na Área Educacional. E na Atenção Hospitalar, trabalha com dificuldades no aleitamento materno, teste da orelhinha, triagem auditiva neonatal, alterações da fala e ingestão dos alimentos em pacientes internados.
A cabeleireira goiana Rafaela Alves, de 21 anos, lembra que seus pais perceberam problemas na sua fala quando ela tinha por volta de um ano de idade. “Eles viram que algumas crianças da minha idade já articulavam algumas palavras, a maioria já falava mamãe e papai, enquanto eu só produzia pequenos sons e não concluía nenhuma palavra. Aos dois e meio meus pais me levaram ao fono e fiz tratamento até os 10 anos. Foi uma verdadeira batalha”, lembra.
Para Rafaela, seus pais demoraram para procurar ajuda, mas ela observa que a falta de experiência – ela é a primogênita da família, somada à insegurança de um casal que na época era bastante jovem, culminaram num tratamento tardio. “Apesar das dificuldades, tive grandes avanços graças ao empenho dos fonoaudiólogos que me atenderam, a minha força de vontade e a dedicação dos meus pais e familiares em ajudar.”
A importância da família no desenvolvimento do indivíduo nos aspectos emocionais, cognitivos e de linguagem é essencial para o tratamento do paciente. “É essencial enfatizar a necessidade da parceria entre a família da criança com distúrbios da comunicação e o profissional de saúde, que, atento à dinâmica familiar na qual a criança está inserida, desenvolverá um trabalho clínico mais eficiente e produtivo”, explica a fonoaudióloga, Diane de Lima, do Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh), de Florianópolis.
Segundo Diane, a preocupação e o cuidado em se comunicar bem crescem, cada vez mais, na sociedade e podem trazer não só problemas físicos, mas também emocionais. “Muitas pessoas que apresentam problemas de fala acabam desenvolvendo outros sintomas como depressão, ansiedade, estresse. Por isso, é importante haver nos hospitais e unidades de saúde mais fonoaudiólogos que integrem as equipes multidisciplinares para que desenvolvam, junto a outros profissionais (psicólogo, neuropediatra terapeuta, etc.), um atendimento completo, seguro e eficaz.”, ressalta ela.
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