No verão, poucos programas deixam as crianças mais felizes do que brincar na praia, em piscinas ou parques. Os pais, preocupados com as queimaduras de pele, estão cada vez mais acostumados a passar protetor solar nos filhos antes de deixá-los à vontade ao ar livre. No entanto, muitas crianças, depois de um dia inteiro ao sol, desenvolvem sintomas como dor de cabeça, fadiga e desidratação, mesmo utilizando produtos com fatores de proteção alto.
Isso ocorre porque os fotoprotetores ou protetores solares não são suficientes para impedir todos os efeitos nocivos do sol e do calor. Pessoas que se expõem ao sol ou calor excessivos podem desenvolver um quadro de insolação mesmo que a pele esteja protegida por esses produtos.
A insolação ou heliose é uma condição potencialmente grave, causada pelo excesso de exposição ao sol ou ao calor intenso, que ocorre quando a temperatura corporal sobe e o mecanismo de transpiração falha, impossibilitando o corpo de se resfriar.
É resultado do aumento de temperatura do corpo e não necessariamente da exposição ao sol; portanto, o uso de protetor solar não impede seu aparecimento.
“O protetor solar protege a pele dos raios ultravioleta, mas não de toda a toxicidade que a exposição ao sol pode causar. Mesmo com protetor solar, se a criança ficar muito tempo exposta ao sol, ela pode desenvolver os sintomas da insolação”, explica a pediatra Denise Katz.
Sintomas
Os sintomas da insolação em crianças podem incluir:
• Dor de cabeça (cefaleia);
• Fraqueza (astenia);
• Desidratação;
• Respiração e batimentos cardíacos acelerados;
• Febre alta (acima de 39ºC);
• Náuseas e vômitos;
• Nos casos mais graves, confusão mental e perda da consciência.
Tratamento de insolação em crianças
O tratamento da insolação consiste em baixar a temperatura corporal e hidratar o organismo, que perde líquido e sais minerais por causa da temperatura elevada. Caso a criança apresente sintomas de insolação leve:
• Vista-a com roupas leves;
• Deixe-a deitada em local bem ventilado, fresco e na sombra;
• Hidrate-a com água, sucos de frutas naturais ou água de coco, de preferência frios ou gelados;
• Borrife água na pele e faça compressas frias de água ou soro fisiológico para resfriar o corpo.
Em casos graves, se a temperatura for igual ou superior a 39º C e não baixar, a criança não conseguir ingerir líquidos ou apresentar vômitos intensos, confusão mental ou desmaio, procure atendimento hospitalar imediatamente.
Prevenção
O protetor solar protege a pele de queimaduras, câncer de pele e envelhecimento precoce e por isso deve ser usado por crianças maiores que seis meses e adultos. Contudo, para fugir dos efeitos nocivos do sol:
• Evite a exposição solar entre dez e 16 horas;
• Procure deixar as crianças em ambientes ventilados e frescos, de preferência à sombra;
• Ofereça água e sucos naturais mesmo que a criança não solicite;
• Proteja as crianças do sol com chapéus e roupas leves e claras;
• Procure evitar que as crianças realizem atividades físicas intensas em locais com sol excessivo ou calor intenso;
• Repasse o protetor solar, de preferência com fator de proteção solar (FPS) de no mínimo 30, a cada duas horas ou sempre que a criança sair da água ou suar muito. O ideal é aplicar o produto pelo menos 15 minutos antes de se expor ao sol.
LInk: https://drauziovarella.uol.com.br/pediatria/criancas-so-protetor-solar-nao-basta-para-protege-las-da-insolacao/
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