Quer que a vida contiue? Então conte a sua família

No próximo domingo, 27 de setembro, é o dia Nacional de Doação de Órgãos. A data tem o objetivo de alertar sobre a importância dessa ação que, para muitos, é a única chance que continuar vivendo.
De janeiro a junho deste ano, a Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) identificou potenciais doadores e viabilizou cinco doações de córneas. Em 2019 foram 13 doações de córneas e uma de múltiplos órgãos. Médico e coordenador da Comissão, Luiz Augusto Fernandes da Silva, lembra que “doação é um gesto extremo de amor e afirmação da nobreza de valores humanitários”.

Conforme define o Ministério da Saúde, são passíveis de doação: coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim ou tecido (medula óssea, ossos, córneas). O procedimento pode ser realizado a partir de doador vivo ou morto. Segundo a Lei 9.434 a doação de órgãos pós morte só pode ser feita quando for constatada a morte encefálica que é a perda completa e irreversível das funções encefálicas (cerebrais), definida pela cessação das funções corticais e de tronco cerebral.

O coordenador do CIHDOTT também informa que a pessoa disposta a ser uma doadora não precisa deixar nada por escrito, mas deve manifestar sua vontade à família porque “o seu desejo final pode ser a razão de um novo começo para muitos que aguardam a sua doação”.
 
Até agosto deste ano, em Minas Gerais, 4.919 pessoas aguardavam por transplante de órgão. No Brasil, 46.906 pessoas de várias idades (< 1 a 65+ anos) estão inscritas no Sistema Informatizado do Ministério da Saúde – SIG SNT.
Em Minas Gerais, a doação de órgãos e sua destinação para transplante é coordenada pelo MG Transplantes, que é responsável pela captação e distribuição de órgãos em todo o estado, por meio da Central Nacional de Transplantes (CNT).